sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Anedonia



Sonhava e ninguém conseguia me acordar
Eu ouvia com medo o barulho do mar
Aquela serra, aquele céu, aquele ar
O mundo, por mim, girava tão devagar

Senti que te perdi quando te encontrei
Todo amor que eu senti foi sorriso que neguei
Aquele abraço, aquele beijo que eu te dei
No teu mundo eu vivi e por ti chorei

Caminho pelos becos escuros da solidão
Sinto o medo, um cheiro fétido sem emoção
Sufocando meu peito, assustando o coração
Que bate sem embalar as notas da tua canção

Sem sentido, sem prazer, sem viver
Não posso mais nada, neguei meu querer
Percorro o próprio mundo do meu ser
Nego minhas cinzas, já vejo morrer

Bruniele Souza
16/09/2011

5 comentários:

  1. "...Sem sentido, sem prazer, sem viver..."

    Amei as palavras...
    Ótimo final de semana... ^^

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  2. Bruni...

    Adoro ler os teus versos...
    Vc sabe escrever de um jeito particular:

    -"Percorro o próprio mundo do meu ser"-

    Expressando o que sente!

    Bjo grande e linda semana!!!

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  3. Ah, Bruniele. São momentos assim que nos fazem ir em busca do que é realmente nosso nessa vida, porque morremos pra tantas coisas e renascemos pra tantas outras. Porque sem fim não há recomeço.

    Já disse que te admiro pra caramba?
    Deixo um abraço bem grande.
    :)

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  4. Oi Bruni!
    É assim a solidão de um adeus! E no fim só restam cinzas e lembranças...
    Poema lindo demais!!!!!

    Tem chuva de selinhos pra vc lá no meu cantinho, passa lá: diarios-do-anjo.blogspot.com

    Beijinhos, bye bye
    Anita

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