quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Foi só uma brisa



Foi só uma brisa
Que beijando minha pele
Arrepiou meu coração
Foi só uma brisa
Que acarinhando meus cabelos
Sussurrou uma canção

Soprando, levando, trazendo e deixando...
Quando a brisa vem nada fica no lugar
O toque do céu no mar
As ondas dançando
Meus olhos embalando a luz do luar
Luz e brisa, céu e mar
Minha canção de ninar
Meu barco a deriva
Eu vivo a sonhar


Bruniele Souza
20/10/2011

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Infinito


O mundo inteiro cabe dentro de mim
Mas nem se eu tentasse caberia no mundo
Fiz de mim um buraco escuro e profundo
Para além da vida, um mistério sem fim

Sinto que não conheço nem fim, nem começo
Meu caminho é incerto e tão fácil o tropeço
A força costuma em fraqueza fazer-me viril
Fazendo dos meus passos canções de vinil

Sou feito de nada... sou nada e pó
Mas posso guardar tudo de uma vez só
Embora eu saiba que nada guardo para sempre
Desprender-me delas faz tudo ser diferente

Bruniele Souza
12/10/2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Uns escritos



Teus olhos em meus olhos
Te vejo viver...
Tua boca em minha boca
Me vejo morrer...

Indo e vindo... brincando com o vento
Voltando e trazendo a todo momento
Dedilhando os acordes em meu pensamento

Não te tenho, não és meu...
Mas finjo que és encantamento 
Só você e eu...
Fazendo do destino eterno momento

Me calo e disfarço a dor quando você se vai
Eu corro pra longe... só você me atrai
Vivo tão distante do que me satisfaz
Minha alma esquece de mim... se vai

Bruniele Souza
04/10/2011