quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Palavras




O silêncio tomou conta daquele quarto
E a chuva tratava de molhar o chão
Enquanto tilintava uma nova canção
Jogando-se na janela do vidro ao meu lado

Eu podia sentir o chamado do vento
Ele vinha e sussurrava ao meu ouvido
Parecia um trovão desatento
Que queria ser seguido
Oferecia-me seu unguento
Suave arrepio de vento
Era só o que podia ser sentido

Eu dizia as mesmas bobagens de outrora
Palavras sem forma nem cor
Partiam de mim e iam embora
Num parto sem sangue e nem dor

Palavras ouvidas, sentidas em ser
Palavras doídas, eu tento esquecer
Palavras cuspidas, começo sem fim
Palavras paridas, nascidas de mim

Bruniele Souza
25/08/2011

4 comentários:

  1. Lindo! As palavras tem vida, elas fazem parte nós ou elas são...

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  2. Antes de dizer: Reflita! A palavra dada não volta mais, e não se é educado lhe olhar os dentes.

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  3. As palavras são assim mesmo, as vezes elas vem aos nossos pensamentos, as vezes são ditam sem dizer, elas vem e nos inundam.
    Um ótimo findi!
    Beijossss

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  4. Oi Bruniele... As palavras têm enorme poder! Lindo, lindo seu poema! Forte!

    Obrigado por estar acompanhando o Conto, postei o final, passa lá no meu cantinho pra conferir! Espero que goste!

    Muitos beijinhos pra vc!Bye bye
    Anita do diarios-do-anjo.blogspot.com

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