quarta-feira, 11 de maio de 2011

Solidão



O encontro do medo com o escuro e o vazio
O nada sorri espreitando o vento frio
Não há toques, nem lembranças
Não há amores, nem esperanças

Noites sombrias, dias que não amanhecem
As pessoas umas das outras se esquecem
Caminhando sozinhas, querem fazer seu destino
Um mundo incompleto...faltam-lhe o carinho

O vale do nada e as flores do medo
Tracejam uma paisagem com desespero
O vento, de repente, perdeu a direção
No abismo profundo em que afundou o mundo
Não há lugar para o meu chão
Fiquei andando assim...sem rumo

Bruniele Souza
10/05/2011

5 comentários:

  1. Será a solidão uma escolha, ou a consequência destas?

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  2. "uma parte de mim é multidão:
    outra parte estranheza e solidão.

    (...) e só.
    "

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  3. Oi Bruniele... Lindo poema!
    " Não há lugar para o meu chão
    Fiquei andando assim...sem rumo"_ Me sinto assim muitas vezes, como se o mundo não tivesse me recebido e eu fosse apenas uma intrusa! Suas palavras suaves e profundas me emocionam! Seu blog é maravilhoso! Muitos beijinhos pra ti, bye

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  4. Eis a vida: perder o rumo e então encontrá-lo, pra perder de novo.

    Sempre poeticamente linda, Bruniele.

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