quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Palavras




O silêncio tomou conta daquele quarto
E a chuva tratava de molhar o chão
Enquanto tilintava uma nova canção
Jogando-se na janela do vidro ao meu lado

Eu podia sentir o chamado do vento
Ele vinha e sussurrava ao meu ouvido
Parecia um trovão desatento
Que queria ser seguido
Oferecia-me seu unguento
Suave arrepio de vento
Era só o que podia ser sentido

Eu dizia as mesmas bobagens de outrora
Palavras sem forma nem cor
Partiam de mim e iam embora
Num parto sem sangue e nem dor

Palavras ouvidas, sentidas em ser
Palavras doídas, eu tento esquecer
Palavras cuspidas, começo sem fim
Palavras paridas, nascidas de mim

Bruniele Souza
25/08/2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Selinho!! *-*

Ganhei o selinho oficial do blog MUNDO DE ISIA
http://mundodeisia.blogspot.com/
 Muito obrigada mesmo Isia! Adoro visitar seu espaço e ler seus textos maravilhosos!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Somente algumas palavras




Eu olhava aquele misterioso olhar
Ele chorava e gemia... parecia amar
Jorrava a emoção de um ser
Que se cansava de amar e viver

Escondia de mim tantos segredos
Os quais eu nunca soube nem vou tê-los
Eu o abracei e ele se encolheu
Eu o amava, mas o coração dele doeu e doeu...

Queria embalar o seu sofrer
Fazê-lo dormir, talvez esquecer
Se você soubesse o quanto eu te amo
Ouviria o meu grito quando te chamo

Eu só queria que tudo fosse diferente
Que o passado rasgasse o presente
E minha voz embargada e doente
Conseguisse se tornar em riso contente

Eu te trouxe a mesma rosa azul
A mesma que eu você viu no norte e no sul
Ela tem o meu perfume, aquele todo seu
Eu ainda estou aqui, você me vê?
Ainda amo você...

Bruniele Souza
18/08/2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Doçura



Eu queria tanto, queria muito agora
Estar na mira do teu olhar
Só pra me perder
Sem querer mais me encontrar
Perder meus sentidos
Ao sentir teus lábios nos meus
E esquecer o tempo
Envolvida completamente neste teu amor
Que me deixa em enfermidade sem cura
Talvez até em plena loucura
Mas se for assim então
Te entrego meu coração
Meu corpo em teu corpo
Dilatando de paixão
Meu lábios querem teu gosto
Em mim, tua doçura

Bruniele Souza
11/08/2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sem você



Não consigo mais me acostumar
Sou uma jangada solta em pleno mar
Levada pela força do teu olhar
Desemborcando meu ser a se entregar

Sinto o frio da tua ausência
Chego a pedir clemência
Meus lábios dos teus tem urgência
Sinto na pele a dor da carência

Sem você... sem teu cheiro...
Essa saudade me consome por inteiro
Essa paixão arde com desespero
Que as vezes de mim mesmo tenho medo


Bruniele Souza
04/08/2011